quarta-feira, setembro 29, 2004

Falácia de composição

A notícia
Jair Oliveira, aquele que tem que ser chamado de Jairzinho do Balão Mágico pra alguém se lembrar de quem se trata, inova e lança um disco exclusivamente pela internet, completamente gratuito. Sua gravadora é a moderna e antenada Trama.

A verdade
Jair Oliveira, aquele que tem que ser chamado de Jairzinho do Balão Mágico pra alguém se lembrar de quem se trata, lança oito sobras mequetrefes de estúdio, que tiveram a manha de ficar de fora do seu lamentável último disco. A cara de pau sem limites do filho mais trouxa do Jair Rodrigues lhe permite avisar que "é uma continuação do disco anterior / um brinde aos fãs".

Intrigado, O Fator Barney se pergunta: como assim 'fãs'?

A conclusão
Nunca gostaríamos de Jair Oliveira, nunca simpatizaríamos com ele. Mas também nunca sequer nos importaríamos com ele.
Fato é que, no momento, ele come a gostosa da novela. Odiamos Jairzinho.


terça-feira, setembro 28, 2004

Passa a régua

No encerramento, em mais uma demonstração de sua megalomania, Tom cantou uma versão em português de "My Way" e depois faz um dueto virtual com ninguém menos que Frank Sinatra. Aí começou uma salva de fogos e uma chuva de papel picado. Tom, que até então estava fazendo a linha "sou fino pra chuchu", teve um ataque de Jardim Irene e, como Cafu fez na Copa do Mundo de 2002, saiu do ar gritando a frase "Regina, eu te amo!".



Tenho lido com alguma freqüência essa coluna do UOL, escrita por Kike Martins Costa. O cara (ou a moça, sei lá, Kike é uma parada muito ambígua, mas acho que é um cara porque vive chamando a mulherada gostosa de gostosa) simplesmente desanca a torto e a direito as escrotidões de nossa prezada televisão, mas sem se meter nos conchavos da vida pessoal escrota das celebridades B que povoam outras colunas especializadas. O assunto ali é tv de verdade, afinal eu não ligo pra quem a mulher da novela tá dando essa semana.

Esses programas todos são muito ruins... Ainda não vi o programa do Tom Cavalcante (tenho uma monografia, uma peça de teatro e 9 esquetes humorísticas pra terminar até o fim do ano), mas pra ser considerado pior que o do Gilberto Barros, que simplesmente me fez sentir saudades do Marcos Mion, é porque tá foda o negócio.

Ainda disseram que ele não pode mais fazer o Pitbicha, provavelmente a única coisa engraçada que o coitado já fez na vida. Vai imitar o Fagner, vai. Seu prego.

quarta-feira, setembro 22, 2004

Os patos querem trepar

Sensacional esse SEXKUT do Cocadaboa. Passei a semana jogando a notícia entre o jet-set ilhéu: inventaram a versão orgias do Orkut! Acreditei piamente nesse MIGUÉ do MrManson.
Tomara que essa história de que agora o Sexkut vai ser de verdade seja outra mentira, e ele sacaneie GRANDÃO todo mundo que se cadastrar, entregando quem dá o rabo e quem tem corrimento vaginal no mundo virtual.

PS: cadê a cobertura das Para-olimpíadas pelo Cocadaboa, porra?

quarta-feira, setembro 15, 2004

Surdos, caros e loucos


Todo viado é surdo? Antes que o leitor pergunte "hein?", aviso que não sei. Mas posso dizer que todo organizador do Tim Festival é viado. Prova é que quem vai fechar a edifão desse ano é o Pet Shop Boyfff, uie!!!

Mas o surdo heterossexual mais legal do mundo, Brian Wilson, vem fazer um show nessa bagaça, também. Uma noite aí que vai ser só ele no palco principal. E quanto você pagaria para assistir ao show de um surdo esquizofrênico velho e desafinado? Eu e uma pá de maluco vamos pagar 150 CONTO para desfrutar de tal iguaria sonora.

O Senhor Wilson, para quem é idiota o suficiente para não saber, é o criador do Beach Boys, a melhor banda que existiu na época dos Beatles - que, você sabe, nao era uma banda, era outra coisa que nao sabemos explicar.
(Mas sobre os Beach Boys: não vou ficar aqui falando sobre a folha corrida de Wilsinho e sua família, se tu não for prego tu vai sair por aí procurando, porque sabe que vale à pena.)

O momento mural das lamentações fica para a não-vinda mais uma vez do Wilco, cujo show é anunciado no Brasil pelo Lúcio Ribeiro desde os loucos anos noventa. Será que tem alguma comunidade do Orkut chamada 'Eu já fui pato do Lúcio Ribeiro'?

Ah. Por falar em Wilco. Jeff Tweedy gravou, junto com a banda do seu filho (que deve ter uns 8 anos), uma canção pra trilha do filme do Bob Esponja.O Flaming Lips também. Não sou muito chegado no viadinho amarelo de cílios longos, mas estarei na primeira fila do cinema chorando com a trilha sonora deste que se tornou, desde já, o filme mais aguardado do ano.

sexta-feira, setembro 10, 2004

A salvação do samba

Baladas românticas sempre povoaram o fétido mundinho do nosso prezado pop-rock nacional, um gênero cujo próprio nome já é uma piada. Mas tais canções melosas encontram morada nas mãos de cavaquinhistas, tecladistas e vocalistas de improváveis bandas de pagode modinha.

"Epitáfio", a canção enfadonha dos Titãs que foi hit à época do falecimento de seu guitarrista gourmet, tornou-se um bonito hit dolente do aparentemente falecido Kiloucura. Encontra-se na quinta faixa do disco "Os maiores sucessos ao vivo", datado de 2003.

Já "Por você", balada sangrenta da fase mais boiola do Barão pós-Cazuza, é quem dá o nome ao mais recente disco da belíssima banda Sorriso Maroto. O vocalista, um sujeito incrivelmente fanho, dá nova textura aos versos jacus anteriormente proferidos por Frejat e seu classico topete loiro. Coisa fina.

Mas se alguém imagina que o pagode modinha salva apenas canções do moribundo pop-rock nacional, engana-se muito. Os grandes especialistas em versões legais na atualidade são os caras do Só Pra Contrariar. O irmão menos brega do Alexandre Pires manda ver em versões que já nasceram clássicas para canções bregas da música negra norte-americana. Primeiramente, melhoraram a já razoável "It ain't over till it's over", do lastimável Lenny Kravitz, transformando-a no bonito samba levanta-defunto "A minha fantasia". E no novo disco, foram chafurdar na lama de "Crazy in love", da deliciosa Beyoncé, para achar uma verdadeira trufa do pagode moderno, "Ela é jogo duro". Sugiro ao amigo leitor dar uma procurada por aí na letra desta canção, uma verdadeira preciosidade. Depois baixa a música e canta junto, rapá.

segunda-feira, setembro 06, 2004

Chico no país da MTV



O que a Pitty tá fazendo em um clipe assustadoramente bacana e bem feito? E ainda por cima cantando uma musiquinha legal? Talvez eu tenha ficado tempo demais bebendo na frente da tv, mas que beleza de clipe é esse "Equalize". Subtraia a patética cena do MIJO, e tenha meu clipe brasileiro preferido desde a versão original de "Detetive", do Comunidade Ninjitsu. Lembra o vídeo de "Fast as you can" da Fiona Apple, enquanto a música lembra alguma baladinha do Red Hot que eu nao consigo definir direito qual é, especialmente a guitarrinha dolente do começo. Mas todo o resto do trabalho da Pitty é uma tosquice do mal, e espero que ninguém leia esse post.

Também assisti o aparentemente mais novo clipe do Black Eyed Peas. Pra quem não tá ligado, é aquele grupo que meio que imita o Fugees, mas dentro de um contexto mais pop graças à presença de uma gostosa fudida, loira de olho azul. Os caras devem ser odiados pelos rappers reais. Se um dia eu porventura encontrasse o sub-Wyclef que comanda o grupo, eu lhe entregaria um adesivo escrito "Teu bom mocismo me ofende", e ordenaria que ele colasse isso no próprio Porsche. O disco deles tem em seu ponto alto a canção "Let's get retarded", cujo refrão pede para as pessoas ficarem retardadas e chacoalharem o esqueleto feito um epilético. E não é que, na hora de transformar essa porra em single, os idiotas renomeiam a canção para "Let's get started" e limam a rima sobre epilepsia? Pelo menos a gostosa segue balançando o traseiro em um delicioso shortinho pra ninguém botar defeito.

quinta-feira, setembro 02, 2004

Matadores de velhinhas



É, dia desses vi o filme da Rita Cadillac. É uma experiência aterradora.

Fica difícil assistir sem sentir uma certa pena daquela velhinha sendo enrabada dentro de um Cadillac por atores pouco polidos. Velhinha que, aliás, fode mal pra caralho. Rita não emite sons, praticamente não se move, e faz uma cara de dor nojenta sem parar. O ator encarregado praticamente comete necrofilia, escarrando no cu daquela pobre senhora de idade, sem que ela demonstre qualquer reação parecida com prazer.

Aparentemente, o filme só não é mais bizarro porque é um sujeito normal, e não um anão, que comete as atrocidades com a velhinha. E consigo próprio, é bom esclarecer. A cena em que ele enfia o dedo no traseiro da pobre senhora, depois lambe (o dedo e o cu!, da Rita Cadillac!), é simplesmente lastimável.

Coitada da velhinha tomando no rabo, pensava eu. Cadê o respeito pelos mais velhos? Se ela pelo menos esboçasse alguma dica de que estivesse curtindo, mas que nada. Esse filme, seja lá qual for o nome dele, é uma experiência desagradável, um longo caminho tortuoso a ser percorrido. Há quem diga que o filme foi dirigido por David Lynch, apesar dos efeitos vinheta da Rede Globo anos oitenta, com os raios laser, o fundo preto tosco, e, claro, o cadillac. Tenham medo.

Dona Rita, do alto de seus castigados pentelhos grisalhos, com certeza não achou graça nenhuma da situação. Nem eu, caro leitor. Nem eu.

Cotação: Um pau mole, de um possível.

Mustache Summer



Em algum lugar entre Ben Harper e Jack Johnson, reside Donavon Frankenreiter. O sobrenome do cara é complicado, mas o som nem tanto. É um pouco mais sofisticado que seu cumpadi Johnson, um pouco menos enfadonho que seu parceiro Harper, e tudo isso com um bigode muito parecido com o de Frank Zappa.

Donavon é mais um desses ex-surfistas profissionais que trocaram as competições pela viola. Segue sendo um legítimo surfista de alma, combatendo os dahuis com belas composições simplezinhas, no estilo violão, voz, batuquezinhos e mulheres tendo orgasmos múltiplos. É o embalo desse começo de verão (J� COMEÇOU, PLAYBOY).

Apesar de sua carreira ser bem mais recente que as de seus brothers, já acho o bigodudo da califa tão bom quanto Ben Harper (apesar de não ter composto nenhuma Glory & Consequence), e bem superior ao Jack Johnson.

Pega aí: What'cha know about (feat. G. Love), Free (feat. Jack Johnson) e Butterfly.

Boto fé!
Cotação: Três bigodes pra cima de cinco possíveis.

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