quinta-feira, novembro 25, 2004

Futebol Marte



Nunca vou entender o que alguns comentaristas estão fazendo ainda comentando futebol por aí. Eles simplesmente não conseguem mais se divertir com uma mísera partida de futebol.

Um dos casos mais tristes é o do Fernando Calazans, do Globo. Tenho muita pena dele. O coitado tá lá, firme e forte, bradando contra as nuvens sobre o quanto o futebol carioca é glorioso, o quanto já ostentou momentos lindos, e hoje é administrado por seres tacanhos, e defendido por jogadores lamentáveis. Hello-ow, diria minha vizinha Patrícia. Vai chorar na cama, Fernandinho. É revoltante que O Globo ainda não lhe tenha descolado uma aposentadoria por caduquice. OK, o futebol de hoje é uma bosta. Beleza, o Rio já viveu seus momentos. E aí? Não vai trocar o disco?

O que a imprensa esportiva precisa é de gente que não tenha crescido vendo Zico, Adílio e Júnior fazendo a bola rolar. É de gente que acha o Pelé um sujeito campeão de gafes. As faculdades de jornalimo Brasil afora precisam proibir seus alunos de assistir documentários sobre os tempos áureos do futebol. Vamos recolher os livros do Garrincha das estantes. Vamos rasgar a coluna do Sócrates da Carta Capital.

O Brasil não era o país sem memória? Boa parte dos comentaristas de futebol se esqueceu disso. Não há quem agüente. Aposentadoria neles.

Suinga, filhona

LADY DI NOVO

Diana Bouth, a nova Paulinho Vilhena do Multishow, e nossa apresentadora preferida do SPORTV, posou novamente no Paparazzo.
Confuso, o editor possui perguntas: Paparazzo? Novamente? E a Playboy, que não toma uma atitude? Anyway, como dizem os bregas, o ensaio vale uma conferida. Dianinha chupando uma ameixa, ou coisa que o valha, é melhor que ver o cão chupando manga, vos garanto. Aliás, à época do WCT deste ano, vi a moçoila dando o maior mole pro Andy Irons. Se não comeu é bixa, com x, pra ser mais bicha ainda.

Cotação: Cinco Deborahs Secco, frouxo...


DIGA-ME COM GWEN ANDAS...

Então, aconteceu o que sempre acontece quando a menina da banda começa a se sobressair. Gwen Stefani lançou disco solo. E o disco tem muito a ver com ela. É meio mentirada, mas é gatinha, vai. Tu chacoalha o esqueleto, amarradão. Bêbado, então, fica uma delícia. Ela e o disco, caso tu nao tenha entendido.

Cotação: Meia boca, de uma possível

quarta-feira, novembro 17, 2004

Por onde andam...


...aqueles simpáticos dilatadores nasais que tanto melhoravam o desempenho dos nossos atletas? Aposto que se aquela merda ainda tivesse na moda ninguém teria medo do Fantasma da Altitude.

Forget about Dre

Esqueçam o que escrevi sobre o disco novo do Seu Jorge. É um bom disco, eu devia tá num mal dia. Recomendo as faixas: Mania de Peitão, Chatterton, Bola de meia, Don't e especialmente Bem querer. Considerando que o disco tem 10 faixas, e dentre as que eu não destaquei está a linda Tive Razão, eu só podia tá de cara quando escrevi o post abaixo.

Não caetana, Chicão.

sexta-feira, novembro 12, 2004

O samba não taí



A versão crua de Seu Jorge não cai bem nem como sushi. O corte foi feito errado, e tal qual um baiacu, é extremamente danoso para organismos mais sensíveis.

Saudades do suingue de Samba Esporte Fino, ou mesmo do bailão MTV do seu dvd ao vivo. Aqui o que se vê é um sambinha de meia perna só, feita sob medida para encantar gringos branquelos e idiotas. Mas o que irrita de verdade é imaginar no que diabos Seu Jorge pensava enquanto fazia esse disco. Duvido muito da teoria que ele tenha feito pensando em enganar gringos trouxas com seu sotaque de mendigo.

Mas tenho certeza que ele cantou em italiano e em inglês no intuito de derramar sua genialidade para um contigente maior de pessoas. Só duas coisas conseguem inflar tanto o ego de uma pessoa bacana como o Seu Jorge: meia dúzia de amigos idiotas e muitas gramas de ouro branco colombiano. Como diz em Chatterton, segunda faixa do disco, Seu Jorge não vai nada bem.

Não, as músicas nem são tão ruins assim. Talvez tu adore. O que irrita é o conceito. Seu Jorge fazendo MPB ruim porque gringo não sabe sambar é simplesmente ridículo. É um desperdício do talento de um dos nossos mendigos preferidos. Não caetana, Jorjão.

Cotação: 25 centavos de 1 real possível

terça-feira, novembro 09, 2004

Tudo é feishta!

O que Kelly Key, Luka, ombreiras estilosas, bigodinhos de porteiro e o hino dos romenos gays têm em comum?



Latino, é claro.

Cara de pau convicto, não vê problema nenhum em pagar micos homéricos, seja fazendo a música mais corna do mundo ("Você já foi mais humilde", quando chifrado na frente de todo mundo por sua esposa, cria cultural e fã de primeira instância, Kelly Key), seja se vestindo como um idiota.

Ele tá de volta à mídia, fazendo um papelão maior ainda que o Marcos Mion, esse sim um comídia. Mas o grande atributo de Latino é que, de tão ruim, ele é simplesmente genial. Seu retorno não poderia ser mais triunfal, no meio dessa ondinha em que tudo o que é ruim é considerado massa.

Seu novo single, o inebriante "Festa no meu apê", é uma releitura bem pouco relida de um, o Orkut nos conta, hino gay da Romênia, ou coisa que o valha. Ouvi a versão original, e é notável como ele consegue fazer sentido utilizando os mesmos fonemas da música romena. A música já veio pronta - é absurdo. Só ouvindo as duas versões para entender.

E só ouvindo a "Festa no meu apê" pra entender. Ou pra deixar de entender qualquer coisa. É o maior fenômeno da música pop brasileira em anos. Tua avó vai cantarolar em breve, se é que já não tá requebrando ao som dessa pérola nada escondida do cancioneiro radiofônico. Tu ainda vai deixar esse som no repeat. Tu ainda vai tomar um ferro ouvindo muito e cantando junto. Tu vai rir pra caralho na parte que ele diz que no quarto dele tem gente até fazendo... orgiiia. Latino já teve um talento mais humilde. Hoje em dia ele esbanja genialidade.

A gente é tão ruim que tem que pegar um hit gay romeno pra coisa andar. E é por isso que, seguindo a onda, a gente é tão massa. Latino, o Brasil te ama.

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