terça-feira, agosto 24, 2004

O bom, o ruim e os feios

Orkutarados da nação, vamos ao caderno cultural d'O Fator Barney.


Sábado tem Pagode do Arlindo na Vargem Grande, e a várzea é que não há de ser pequena. Bebida liberada, belas ninfetas, aquele samba dolente do ex-melhor amigo do Sombrinha, ou seja, vamos todos chorar de alegria.

Nem comentei... Estudantes da UFSC botaram pra quebrar no show do Zeca Baleiro. Diz a lenda que, assustado, Zequinha fugiu para nunca mais voltar. Magoado pelo amigo, o redondo Chico César falou que aqui não pisa tão cedo. Outros que se negam a retornar são Gal Costa, Gilberto Gil e André Abujamra (este último por minha causa, longa história). Farão falta, todos (risos). Se vacilar aqui, fica pequeno pra tu, Shock.

Domingo rolou Los Hermanos no CIC. É massa, é bonito, é lindo de se ver. Mas não agüento mais. Pelo menos dessa vez rolaram várias gostosinhas pro cara pelo menos ter com o que se distrair. Pena que o CIC é altos climinha 0x0. Achei que fosse rolar um "À palo seco", em homenagem ao belchiorano bigode de Camelo, mas que nada. Pelo menos o Amarante tá cada vez mais doente. Que bonito.

segunda-feira, agosto 23, 2004

Piuí Piuí, o Chico lê gibi

Caralho, tinha passado meia hora escrevendo uma bonita história sobre como eu havia voltado a ler histórias em quadrinhos, após quase uma década afastado desse mundo caro e hostil. E aí o texto sumiu do Blogger. Que beleza.

Não vou escrever aquelas frases todas de novo, mas a idéia básica era: Brian Azzarello e Eduardo Risso, de 100 BALAS, comandam, assim como Brian Michael Bendis e seus comparsas Michael Gaydos e Alex Maleev, de Alias e Demolidor, respectivamente.

Diretamente do selo Vertigo, 100 balas é de chorar de tão bom. Conspiração internacional, crimes, vinganças, nada de super-poderes e quase nada de clichês, o que é lindo. E o que tem de clichê é tão bem arquitetado que tu se emociona. Sem falar a arte do argentino Eduardo Risso, que é foda demais.

Essa dupla pra lá de dinâmica de 100 balas fez um arco para a revista do Batman que aparentemente vai ser publicada por aqui em setembro e outubro. Vou até encarar, mesmo sem nunca ter curtido muito o morcego boiola. E o especial que o Azzarello escreveu do Hulk, chamado "Banner", é de chorar de tão bom. Lê aí, foi a primeira coisa que eu comprei nessa nova investida quadrinhística, e foi o que me trouxe de volta pra esse hábito derrotado de ler gibi.

Alias é do selo metido a Vertigo da Marvel, o Max. É sobre Jessica Jones, uma ex-super-heroína fantasiada que se tornou uma detetive particular loser. O climinha é meio seriado americano, mas com um roteiro melhor que quase tudo que tu vê na tv. E o Michael Gaydos só não é melhor que o Alex Maleev, que desenha o Demolidor. A atual fase do cegueta é, sem dúvida, tão interessante quanto a da época do Frank Miller, tu tá ligado?

O outro texto tinha ficado bem melhor e bem maior, mas tá dado o recado.

Eu já sabia

Não gosto de me gabar, mas esse texto foi publicado dia 10 de maio, no finado Vai trabalhar, vagabundo.

Daiane dos Santos é uma farsa

Acho notável que alguém ainda dê bola para as olimpíadas. Com a eliminação da seleção brasileira no pré-olímpico, passaram a apostar todas as fichas em esportes tenebrosos como vôlei e ginástica. Francamente...

Apesar de detestar o vôlei, o esporte mais gay do mundo, tenho um desprezo ainda maior pela rapaziada dessa tal ginástica olímpica, tão EM VOGA por esses dias.

Primeiro os irmãos Hypolito tiveram algum destaque na mídia, com o gurizão muito mais feminino que a irmãzinha entroncada, uma coisinha dos infernos. E aí chega essa Daiane dos Santos e se transforma na maior sensação.

Faça-me o favor. Vocês sabiam que naquele tatame em que elas ficam dando piruetas tem um monte de MOLAS? Dá licença, é a mesma coisa que jogar BAFO à Cascão, com um chiclete grudado na palma da mão.

Tá na hora de moralizar a ginástica olímpica brasileira. É um absurdo esse desmando dos dirigentes omissos e canalhas. Fora Daiane dos Santos e família Hypólito.

Outra hora publico aqui meu dossiê sobre o mal que o vôlei causa na sociedade brasileira.

quarta-feira, agosto 18, 2004

O Bonde da Orgia dos Travecos


Quinta-feira, quatro e meia da manhã. É nessa hora que os jogos olímpicos começam a fazer algum sentido para o povo brasileiro.

É quando adentra nos tatames gregos Edinanci Silva, uma das maiores legendas do esporte nacional. Ela pode ser a primeira atleta feminina brasileira a ganhar uma medalha pelo judô, e o mais legal é que nem mulher ela é.

Embora sua consagração obscura tenha se dado há oito anos, quando virou apelido de garotas robustas e motivo de chacota por todos os cantos, um eventual sucesso em sua empreitada tornará a jogar os holofotes para sua esquisitice e, assim, influenciar uma nova geração de desordeiros.

Que os deuses do esporte não permitam Edinanci virar uma pedida vintage. Força, Brasil!!!

segunda-feira, agosto 16, 2004

"Você não imagina o que vai acontecer..."



O João Kléber faturou pela terceira vez seguida um prêmio obscuro da Folha de SP, o Troféu Santa Clara. Todo ano eles dão prêmios para as pessoas mais detestáveis da televisão brasileira, e o JK é uma das unanimidades nesse quesito.

Eu acho o sujeito genial. Não consigo assistir a um programa dele sem me afogar de tanto rir. Ele é cruel. Ele ri da desgraça alheia (e ri mal pra caralho, inclusive). Seus dois programas - o diário Tarde Quente e o semanal Eu vi na tevê, são completamente calcados na desgraça humana. Quando ele leva casos escabrosos para lá, e fica fazendo um mistério fudido, ele não tá querendo que algo seja realmente seja solucionado. Ele quer se mijar de rir. Os testes de fidelidade são as coisas mais vis e cruéis que uma mente já poderia ter criado. Botam uns porteirinhos acostumados com Cremildas na frente de gostosas assanhadas, e imagina o que acontece. E as pegadinhas, quando ainda passavam, eram uma ode à desgraça alheia. Jackass perdia.

Não acho que ele faça as coisas que faz e do jeito que faz completamente consciente do que ocorre. Ele deve pensar e falar "bom, vamos fazer um pouco de baixaria", mas acaba resultando nas melhores comédias exibidas na tv aberta brasileira. Dá um banho nas produções bagaceiras da Globo, e em qualquer outra bosta dos outros canais.

João Kléber mirou onde viu e acertou o que não viu. Ele acha que agora é um apresentador, mas vive sua melhor fase de humorista. Até porque ele nunca teve um elenco de apoio tao divertido, como a Bandida do Funk, que entra no programa pra xingar as pessoas, ou aquela gostosa do teste de fidelidade que sempre deixa transparecer que se apaixonou pelo homem que seduziu na semana.

Claro, ele é maluco, doente mental, dificilmente apresenta algum programa de cara, mas os caras mais geniais da história eram todos pitorescos. João Kléber é rei.

One nation under a groove


Soy un perdedor...

Enquanto a imprensa ainda nutria alguma expectativa em torno de Guga Kuerten nas olimíadas, nosso novo derrotado preferido desfilava com sua gatinha na noite ilhéu. E tá mais que certo. Tênis é um esporte que já deu mais o que tinha que dar no Brasil - um sujeito bacana como o Guga fazendo fama e fortuna, uma pá de vagabunda na capa da Playboy, um narigudo feio e chato virando VJ da MTV, e uma porção de idiota praticando essa merda país adentro.

A campanha de Guga nas Olimpíadas, e espero que o de muitos outros atletas brasileiros, servirá para que jovens desistam de qualquer carreira olimpica que não seja o futebol. Que isso faça com que os patrocinadores de todas as modalidades saiam correndo dessa roubada, e que passemos apenas a participar da Copa do Mundo de futebol. Monocultura é a maior seqüela.

E a Maryeva tá dando pro Felipe Dylon, haha, que guria legal.

sexta-feira, agosto 13, 2004

A boa do fim de semana...

...no Orkut: EU SEMPRE ESCOLHIA O ZANGIEF



Eu sempre escolhia o Zangief. Uma das maiores polêmicas que tomaram a locadora que tinha aqui embaixo do meu prédio era sobre a pronúncia do lutador russo. Zanguéfi, Zanjiéfi, Zânguif, como dava pano pra manga esses nomes complicados do Street Fighter 2. Quer ver os nomes trocados dos chefões...

Nessa belíssima comunidade do Orkut, o amigo leitor pode discutir, dentre outras coisas, a sexualidade do Zanguifão, suas ligações com a KGB e com o George Michael, conclusões mirabolantes como "Zangief não soltava hadouken", e ainda a melhor forma de aplicar um senhor Pilão Giratório.

Vai na fé.

Socando parede



Adam Sandler é um dos idiotas preferidos de Hollywood. É um sujeito não muito engraçado, não exatamente carismático, mas que consegue fazer filmes dignos de um sorriso no canto do lábio, se não sempre, pelo menos com alguma constância.

Assistir a um filme do Adam Sandler sem discursos redentores e salvas de palmas vexaminosas é uma experiência transcedental. Tu quase não acredita que o que tu tá vendo é um Adam Sandler legítimo. E no caso de Embriagado de amor, não é mesmo. É um Adam Sandler transgênico da melhor qualidade, cortesia do dr. Paul Thomas Anderson. Pra quem não tá ligado, os outros dois filmes do Paulinho são Magnólia e Boogie Nights. Retrospecto suficiente para conseguir deixar até Adam Sandler um pouco menos idiota.

Uma historinha bacana com um visual dos mais bonitos - isso sem constar com uma única gostosinha sequer no elenco. Baranga do mal essa Emily Watson. Mas mais crível do que uma Wynona Rider ou mesmo uma Drew Barrymore ao lado do pimpão Sandler.

Não vou contar sobre o que é o filme, só te digo que achei massa. Até porque o filme é de milianos, provavelmente fui o último a assistir, anteontem. Se não viu, recomendo. Se já viu, passar bem.

quarta-feira, agosto 11, 2004

De Washington a Astrid



Tu pode ouvir o cd novo do Jorge Ben Jor, Reactivus Amor Est [Turba Philosophorum], de duas formas. Uma: triste, choroso e desesperançoso com todos os efeitos oitentistas, saudoso da boa fase em que os alquimistas estavam chegando os alquimistas. Duas: bêbado.

Se tu é indie, a diversão é garantida em ambos os casos, especialmente no primeiro. Mas indie é gay e não curte Jorge Ben. Então fica bêbado, nego. Bora lá.

De sofrível, de brochante, de imperdoável, só tem uma música. É o Funk Astrid, homenagem à Astrid mesmo, que era chata na MTV e virou insuportável na Band. Mas depois de pagar tributo à uma agência de publicidade, realmente era de se esperar o pior de Jorge Ben, o Jor.

Se alguém perguntasse para o Mr. Catra, em um chat do mirc, as motivações de tanta citação sobre a fase 'legal' do Jorge Ben contidas nesse álbum, ele provavelmente responderia "Tu tá ligaaado, né?". Doido para enganar uma pá de fã trouxa, Jorjão disfarçou de anos 70 seu disco oitentista de 2004. Fãs trouxas como o que vos escreve.

Ok, então esqueçamos de Astrid, e fiquemos bêbados, para não ligarmos para 2004. O que sobra é uma versão inferior a de seus fãs do mundo livre para "Mexe mexe" (mas ainda assim legal), e três músicas definitivamente bacanas 1) História do Homem, 2) O Rei é Rosa Cruz, 3) Desligado. Nessa ordem.

Quando o crítico da Folha diz que "Flap, flap, flap, fly, fly" é Jorge Ben Jor fazendo cinema e dando aula de arte visual na segunda faixa, 'Gabriel, Rafael , Miguel", lembre-se do porque de nunca acreditar no que se lê nos jornais.

A grande aula de Cinema & Vídeo está em "O nome do rei é Pelé", em que Ben Jor resume as duas horas de Pelé Eterno em dois minutos e cinquenta e nove segundos. "Jogou 1375 partidas / Fazendo a rede balançar constantemente /Por 10 anos seguidos foi o artilheiro do campeonato paulista / Participou de 50 campeonatos no Brasil e no exterior / Com a realiza de fazer 1281 gols lindos / De cabeça, de virada, de balãozinho, de bate-pronto, de bicicleta, de carrinho, de letra, de peito, de peixinho, de falta, de Pênalti e nos incríveis gols de placa / e no bendito milésimo gol". Sim, esse é um trecho da letra da música. E o maluco conseguiu colocar um ritmo nessa porra toda. E ainda somos poupados de ver o Pelé chorando e falando merda.

Indicado para fãs positivamente desesperançosos com Jorge Ben Jor, os sem grandes expectativas. E para bêbados de bem com a vida.

Me agradas

Buenos dias, dirão na Ponte da Amizade.
Navegar é preciso. Explicar, não. Opiniões mal fundamentadas, piadas da semana passada, dicas de filmes, livros e discos que quase fizeram barulho em '99. Ficheiros completos de jogadores que você nunca ouviu falar. Comentários ácidos sobre os assuntos de menor pertinência do mundo. As tirinhas mais temidas do mundo. Swing, suor e simpatia. Belas mulheres desfilando lingeries cafonas, só pra mostrar o rabo na Rede TV!. Gibis da turma da Mônica comentados e discutidos. Menos da Magali, que são um saco.

Nada disso, e muito mais.

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